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domingo, 21 de fevereiro de 2010

O Amor é uma Flor Roxa...

...Que nasce no coração dos trouxas.

E com essa prerrogativa simpática e otimista eu cresci, ouvindo o meu pai repeti-la numa espécie de mantra sagrado. Homem bom o meu pai. Bom de olhar pra aquele tipo e pensar seriamente em ser lésbica. Quando se fala em amor eu sei que posso ter uma opinião bem definida sobre isso. É só olhar pra os dezoito anos de casamento da minha mãe com o meu pai e pensar: Prefiro morrer! Prefiro morrer!
Gente, o fato é que o amor é uma coisa linda e ele leva você diretinho ao casamento. Aí é que a coisa fica feia. Casamento é lindo e você gasta todo seu dinheiro tentando fazer uma festa perfeita porque o resto vai ser uma merda mesmo, né? Se casamento fosse bom, o padre que casa todo mundo, não ia ser proibido – pela igreja – de se casar. Mas tudo bem. Casou. Então, vamos caprichar na festa porque pelo menos será uma boa lembrança, eu preciso mesmo me lembrar do meu tio bêbado derrubando os arranjos da mesa, do cara que chega de havaiana no Buffet e da tia inconveniente que sempre repara que você tá 0,00009 quilos mais gorda... Cara, se quer lembrançinha boa, faz um amigo rico!!! Ele vai trazer uma lembrancinha muito boa pra você no seu aniversário e no final do dia ele vai voltar pra casa dele e você vai dormir em paz na sua cama. Sozinho. Se quer um sonho realizado, vai na padaria do seu Joaquim, compra um, e no dia seguinte vai ao banheiro e faz o trabalho de realização.
Imagine um casal que se ama muito. Muito mesmo. Daquele casal bem bonito que tira foto dando beijo de língua, mostrando toda sua paixão deixando o outro escrever o seu perfil no Orkut, provando que te ama com um caloroso “ti amu Du fundo do corassao” escrito no seu caderno depois de duas semanas de namoro. Imaginou? Pronto. Você tem que admitir que isso dá uma vontade... De morrer solteiro.
Tendo em vista esse grau todo de amor, você, com toda a inveja que puder reunir, vai desejar ter alguém pra você. E de repente. Você arranja alguém. Que legal! Todo mundo acha que a montanha russa é legal da primeira vez, mas da segunda vez que vai, sai de lá tonto e na terceira, com certeza, vomita. É mais ou menos assim...
Eu, com minha vasta experiência em relacionamentos (?), posso garantir: o casamento é sagrado. É só tentar sair dele e você já se ver apelando pra todos os santos, clamando por misericórdia.
Mas você caro amigo, babão – como diria o maior babão: Marco. Não pense que eu sou contra casamentos! Eu também quero casar, claro. Porque sou humana e humanos são burros e tem uma tendência psicossomática ao sadomasoquismo. Claro que eu quero um marido, eu só enchendo meu próprio saco já não tem a menor graça. O casamento faz parte da maturidade na vida de alguém e como eu já to nessa merda mesmo de “crescer e adquirir responsabilidade”...
Mas não sei se tem alguém que vai querer casar comigo. Provavelmente, Deus não permitiu alguém assim a nascer... Ele deve ter pensado: "Sou Deus! Eu sei que eu posso alguma coisa melhor que isso aqui". Então meu marido não nasceu ainda, e continua em fase de teste... É bom pensar assim, porque aí não preciso me preocupar de no final tá casada com alguma cobaia inferior. Partindo desse princípio, seria ele mais novo? Mas eu juro que não entendo... Se eu encontrar um cara mais infantil do que eu, a gente vai ter que comprar muito Hipoglós e muita fralda, porque, com certeza, vai da em merda.
Achei que devia postar isso, já que nos meus últimos posts, ficou parecendo que eu era alguém que não gostava de casamento. E com esse post aqui, com certeza, vai ficar tudo esclarecido, hein? Então gente, é isso. Vamos nos casar e ser feliz. Ou não.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Dommyuji Tsukasa の手紙

“Pronto. Agora, deu. Ela decidiu escrever em Japonês.”

Calma! Calma caro leitor. Se é que alguém ler isso aqui. Quer dizer... Tem os meus amigos que lêem, mas só porque eu pago. Se eu não os pagassem, o fariam por pena, piedade, nobreza de espírito e tals. Antes de começar esse post, quero que saibam que é mais uma reflexão minha sobre algo que acontece na minha cabeça e que não precisava escrever mas to aqui perdendo meu tempo e fazendo vocês perderem o de vocês porque vocês já leram esse parágrafo inteiro sobre porra nenhuma e continuam lendo só pra saber onde vai dá, né? São quatro da manhã. E eu to aqui, não sei, mas cada vez mais acho que a noite funciona como uma espécie de laxante natural do meus pensamentos “non-sense”, digo laxante porque isso aqui parece um intestino preso e quando meus ensaios saem são coisas sem nenhuma relevância real se quer que seja pra vida de alguém. Então tá. O nome desse post de hoje é, na verdade, o nome do meu herói/anti-herói preferido.

O Dommyuji Tsukasa.

O Dommyuji é um pé no saco. Egoísta, agressivo, infantil, cruel e mimado. Você teria todas as razões do mundo para odiá-lo. Todos teriam razões mais do que significativas para odiá-lo, inclusive eu. Só que eu não consigo. Na história onde eu conheci o Tsukasa ele é líder de um grupinho de garotos super-milionários que tem como único objetivo de vida desfilar como reis num colégio de gente rica - mas não tão rica quanto o Tsukasa e sua equipe de amiguinhos de infância - ele é forte, desaforado, destemido, ninguém impõe limites ao Dommyuji. Um completo idiota de merda que carrega um rei na barriga. Isso é o que eu acho dele e ainda assim não consigo desgostá-lo.

Essa minha queda por heróis/anti-herois eu não faço a mínima idéia de onde vem eu só posso ter uma vaga ideia. Porque eu não sou besta, nem vaidosa o bastante pra dizer que me compreendo por inteiro, porque eu, sinceramente, não consigo me entender. Eu admito que eu prefiro os Kyos, Os Do-contra, Os Chucks (GG), porque me falta paciência com os caras perfeitos que tentam me vender. Eu não tenho paciência pra os engomadinhos sem-personalidade. Os pela-saco previsíveis que não acrescentam nada em porra nenhuma. Que não tem opinião, que não me afrontam, que não desafiam minha inteligência e me façam querer – QUERER – passar um tempo andando por aí. Esses eu sempre descarto, porque, maldade minha - quem sabe?, enjôo rápido. É dos “príncipes” incomuns, é deles que eu mais gosto. Eles fazem a história andar, fazem a mocinha parar pra pensar, fazem ela ficar nervosa e perder a cabeça só pra ficar rindo escondido da cara de irritada dela. Eles são sinceros, honestos, infantis – mas naquela parte boa de infância que a gente esquece quando cresce. São bobos e fracos e não é qualquer um que sabe disso. E essa é a melhor parte.

O Dommyuji um dia cresce. Por causa da Makino. Não pense aqui que eu venho levantar bandeira pelo final feliz com casamento, mesmo que a história acabe assim. (Não sou pró ‘pra ser feliz tem que casar’ – mas isso é história pra outro post.) Com o Dommyuiji eu consigo imaginar depois do final feliz, que é onde muitas pessoas param porque é “perfeito”. Eu consigo imaginar como ele seria, o que ele faria, sobre o que conversaria. Depois do final dele não há final, porque o Dommyuiji é tangível. Posso contar nos dedos os defeitos dele e, em seguida, contá-los pra mim. Ou pra minha mãe. Ou pra o porteiro daqui do prédio. Porque apesar da personificação caricatural que ele recebe, você entende que ele é um ser humano. Pequeno como qualquer um outro, com todo tipo de merda que vem num pacote básico de ser-humano: egoísmo, ignorância e orgulho. A Makino também não é comum, a garota por quem o Dommyuji cresce é teimosa, birrenta, encrenqueira. E na primeira vez que ele a olhou de verdade ele tava apanhando dela (!). Eu me divirto observando-os andar com seus passos pelos terrenos irregulares dos sentimentos, a Makino e o Tskusa, desajeitados e orgulhosos, cada um do seu jeito infantil de resolverem as coisas. Muito mais do que eu me divirto assistindo toda a série.

A palavra em Japônes que tá lá em cima do título quer dizer “carta” e eu nem sei se tá certa. Mas todo mundo que já veio aqui nesse blog inútil sabe que eu adoro cartas e essa que eu transcrevo aí abaixo foi o Dommyuji quem escreveu. Essa é minha carta de amor(?) favorita, como não poderia deixar de ser. E é com ela que eu encerro esse texto. Não espero que todas as pessoas compreendam o que ele quis, de fato, pra outras há de ter que se assistir a série, mas quem ler agora, sem conhecimento prévio nenhum saiba de uma coisa: Essa carta não é uma carta comum, mas só porque quem a escreveu, o Dommyuji, não se permite ser assim.

“Para Makino

E aí? Tudo bem?

Eu to mais ou menos bem.
Essa viagem pra Nova York é meio repentina, eu sei. Mas eu tenho que ir pra lá. Tenho que ir pra estudar administração. Afinal de contas, eu sou o herdeiro do império Dommyuji mundialmente conhecido e não tenho escolha.

A primeira vez que eu ti vi eu pensei: “Quem é essa anã briguenta?” Mas de repente, sem nem perceber, eu me apaixonei por você. Quem sabe eu já não gostava de você desde a primeira vez que a gente se encontrou... Sei lá.
Então eu te intimei com a Tarja Vermelha e fiz da sua vida na escola um inferno. Mas quando a gente ficou preso no elevador e eu cai doente, você cuidou de mim. Ali eu percebi que você era uma pessoa muito boa.
Quando o bando da Sanjou Sakurako me deu aquela surra, foi a primeira vez que eu apanhei tanto sem revidar. E graças à você eu descobri como isso dói.
Quando o rui voltou, você ainda gostava dele. Mas eu preferi acreditar em você. E a gente continuou junto. Tenho certeza que meus amigos gostam muito de você também.

Quanto ao T.O.J. Você não sabia fazer nada. É comum e desajeitada. Não aprendia qualquer coisa que lhe ensinassem. Parecia que não tinha salvação pra você. Porém foi minha culpa você não ter ganho a competição.
Mas fique sabendo que você era a melhor e não se podia esperar menos. Afinal, você é a mulher que eu aprovei.

Parece que a única coisa que não deu certo foi te mostrar Saturno, porque eu e você somos de Saturno. Talvez tenha sido parte de nosso destino passar por todos esse bons e maus momentos. Então, eu quero te dá saturno de presente.

É a primeira vez que eu dou um presente (um colar com um pingente de Saturno) pra uma mulher, por isso, se você perder, EU TE MATO!

De qualquer forma quero que saiba que sempre que eu estive com você, pra mim, foram momentos felizes.
Então... Pode ser que eu volte, pricipalmente porque sinto sua falta.
E isso eu já decidi e não volto atrás.

Então, você, se esforce e dê sempre o seu melhor. Eu também vou me esforçar.
Até a próxima, né?

Dommyuji Tsukasa.”